Gi em sp

Ontem cheguei em casa, e a chuva tinha invadido meu quarto. Molhou meu Henry Miller favorito, um Calvin, meu Alice no país das maravilhas, o Borges novo que eu tinha me comprado de natal, o livro de pintar mandalas que a Fê me deu de aniversário, e o Proust que estou lendo agora. Fiquei triste.

É assim: vc está todo alegre com as coisas da vida, vem um balde d'água e te derruba.

Pare. Respire. 1, 2, 3.
Vamos em frente.

Já tem um tempo q eu desconfiava que o meu blog não era inteligente. Depois, passei a achar q podia ser a dona do blog que não fosse. A cada dia me parece mais próxima esta sensação. Qto mais eu cresco, mais desinteressante me sinto.

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Todos sozinhos na cidade monstro. Eu, ela, ele, o outro. Um espera o encontro, mas já não com a mesma gana de ontem.

Todos perdidos, todos querendo ser
alguém. Interessante, bonito, inteligente. Mais bonito do que o outro. Sempre mais.


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Será que, se eu estudasse literatura, eu me sentiria mais inteligente?

Eu sei que vai ficar tudo bem, mas é que as vezes parece difícil de acreditar.

De volta a São Paulo. Aos problemas de São Paulo, às insatisfações de São Paulo, às tristezas, às frustrações.

Não há lugar como nosso lar.

É o fim de uma era.

Hoje está oficializado o fim de mais uma fase na minha vida. A Samy vai para Londres em março, a Drica para Buenos Aires em fevereiro. Fico eu e os gatos em São Paulo. Morar sozinha, esse é o desafio para 2008.

Não vai ser fácil. Nem pra mim nem pra elas. Cada uma sozinha em um canto do mundo. Mas sempre juntas, tenho certeza. Fomos muito felizes na casa Girasol. Brigamos, aprendemos e crescemos juntas. Ja tô com muita, muita, muita saudade.